Os Sindrômicos de Down

Caracterizada por um atraso do desenvolvimento, tanto das funções motoras como das funções mentais, a SD faz com que o seu portador apresente algumas características específicas: quando bebê são molinhos e pouco ativos.

Em relação ao desenvolvimento, as funções motoras e cognitivas estão interligadas, pois quanto ao desenvolvimento motor, às crianças com SD apresentam um atraso que depende muito da estimulação e interação da criança com seu meio, já o desenvolvimento cognitivo é decorrente da interação da criança com o ambiente e das mediações feitas a esta criança por pessoas próximas

Esta mediação tem como ferramenta o lúdico-recreativo. As atividades centradas no prazer e no caráter lúdico possibilitam o aprimoramento das habilidades motoras humanas de modo progressivo por meio de brincadeiras, jogos, danças, entre outros, desenvolvendo com maior facilidade os aspectos, físico, motor, cognitivo, emocional e intelectual.

Dessa forma, os jogos de exercício, são uma forma de assimilação funcional e repetitiva, que formam hábitos, e esquemas sensório-motores. Quando algo se estrutura como forma, é assimilado, tende a ser repetido, gera prazer, satisfação e cria hábitos. A repetição de hábitos é fonte de significados, e pode ter sentido funcional ou estrutural.

A aprendizagem, através da brincadeira, torna-se função motivadora, ajudando, assim, o sindrômico de Down a desenvolver confiança em si e suas capacidades, começando a ter maior percepção a respeito do outro. Por este motivo, tanto o lúdico, como o ambiente no qual a criança está inserida, são importantes para seu desenvolvimento.

Mesmo que a brincadeira do portador de SD seja similar ao da criança normal, ela vai tender a ser menos explorativa, sendo importante apoiar-se em brincadeiras como, jogos com regras para que se tenha uma participação útil no trabalho de estimulação de sua sensibilidade, hábitos posturais e equilíbrio. 

Com reeducação psicomotora e por meio de suas vivências, e interação com o mundo, a criança é levada a adaptar-se socialmente e tomar parte no seu processo de ensino-aprendizagem, pois o brincar aumenta a confiança em si mesma e em suas próprias capacidades e, a propósito, vencem seus limites explorando novos conceitos que a ajudarão a atingir a independência.